Comunidade
Polonesa de Florianópolis
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SOCIEDADE POLÔNIA - 20 ANOS -
COMEMORAÇÃO DE UMA INICIATIVA VITORIOSA
Pronunciamento do Presidente
José Luiz Sobierajski na ALESC (4-março-2011)
No próximo dia 6 de
março transcorre a passagem de 20 anos de fundação, em
Florianópolis, da Sociedade Polônia, com a finalidade de reunir os
poloneses e seus descendentes.
Em anos atrás já
existira em Florianópolis uma sociedade, denominada 3 de Maio, com a
mesma finalidade, que, no entanto, em face de conjunturas políticas teve
suas portas fechadas e, em consequência, desagregados os seus associados.
Os municípios da Grande
Florianópolis não foram destino de imigrantes poloneses, mas
aqueles poloneses ou seus descendentes que atualmente moram a capital do Estado
de Santa Catarina são fruto de migrações internas.
Às vésperas da visita do
Papa João Paulo II a Florianópolis um grupo de descendentes
poloneses fez uma convocação através de
publicação no Diário Catarinense de 5 de março de
1990.
No dia seguinte descendentes de
poloneses, muitos desconhecidos entre si, reuniram-se na Universidade Federal
de Santa Catarina e festiva e alegremente resolveram fundar uma Sociedade que
os representasse, a qual deram o nome de Sociedade Polônia.
Descrever o entusiasmo pelo encontro
de alguns poloneses imigrados e de outros, em número maior, descendentes
de imigrantes poloneses que moravam em Florianópolis e na maioria, nem
se conheciam, se constituiu num momento de grande emoção e de
vibração patriótica. Era a gota de sangue polonês
que vibrava em cada um e em todos.
Os nomes destes pioneiros revelam a
sua origem de uma terra distante há mais de doze mil quilômetros
que se apresentavam entre si e se abraçavam mutuamente, eram Angulski,
Bilinstik, Grams, Blaskiwiski, Blasczwicz, Brzezinski, Domareski, Falkoski, Jacowski, Jenczak, Kaminski, Konescki,
Kincheski, Kurzaw, Niedezielski, Piasecka, Przysiada, Rathje, Slepach, Sobierajski, Studzinski,
Szule, Zytkuewisz, Zuchowski e Wiecko.
Até a Assembleia de
Constituição Sociedade Polônia, realizada em 28 de maio de
1991, no Salão Nobre da
Universidade Federal de Santa Catarina,
vieram Ciseski, Danielewicz, Debski, Dobesz, Dobrowolski, Felzcky, Gaidzinski, Kempa,
Kluczewiski, Kowalski, Kowalczyk, Kukulka, Labanowski, Laskos, Maciorowski,
Makowiecky, Maykot, Nowacki, Ostroski, Puzinski, Pusiski, Roczanski, Rzatki,
Rossa, Rutkoski, Sieczkowski, Slosaski, Slowinski, Sluminsky, Sokoloski,
Stabrowski, Stenzowski, Szpoganicz, Titericz, Tyll, Walendowsky, Wisniewki,
Wolski, Wolowski, Woyakewicz.
Emocionante foi a
revelação e o choro alegre e festivo de uma senhora que disse:
"Nunca pensei que um dia viesse a ter este encontro e conhecer pessoas que
falassem a língua da minha infância". Foram palavras de uma imigrante
polonesa, a senhora Aniela Kluczewiski. Não foi somente ela que chorou.
A Sociedade, assumiu a
responsabilidade de aglutinar os poloneses e seus descendentes, festejando
datas e festas tradicionais da Polônia, tais como o Natal, a
Páscoa, a Promulgação da Constituição de
1791 e a Restauração da Soberania Polonesa em 1918.
No dia 18 de outubro do ano de sua
fundação, os associados postados em espaço especialmente
cedido pelo Governo do Estado assistiram à missa de
Beatificação de Madre Paulina, celebrada pelo Papa João
Paulo II.
Após alguns meses de atividades
a Sociedade partilhou um espaço no nono andar do Edifício Joana
de Gusmão, no centro de Florianópolis e em seguida adquiriu o
conjunto 904, no mesmo edifício, contando com a ajuda financeira da
Spolnota Polska, de recursos próprios e do casal Bienias.
Ao festejar os vinte anos de
existência de uma casa polonesa, em Florianópolis, outros nomes,
se juntaram aos pioneiros, tais como Bernal, Bienias, Bocianowski, Brzeski,
Feliski, Gwoszdz, Milak, Palanowski, Piskorski, Sagan, Siwinski, Toczek, Witoslawski, Wosni.
Deve-se registrar que nomes de outras etnias também se filiaram, tais
como, Alves, Aguiar, Dias, Pereira, Pitsica, Queiroz, Sousa. Muitos e muitos
outros nomes poloneses constam dos registros de associados, são
aproximadamente duzentos nomes poloneses, cada um com seu relato de vida.
A Sociedade tornou-se referência
polonesa em Florianópolis, tendo recebido em sua sede a visita de
várias delegações de poloneses.
Ao comemorar a data de 6 de
março a Diretoria da Sociedade cumprimenta a todos os poloneses e seus
descendentes que acreditaram neste empreendimento agregador de homens e
mulheres cuja origem étnica se encontra na Nação Polonesa
e se filiaram à Sociedade Polônia, fundada em
Florianópolis, em 1991.
A Polônia jamais morrerá,
diz o hino nacional polonês e nós descendentes dos filhos migrados
a cultuaremos no Brasil, através da Sociedade Polônia de
Florianópolis.
Florianópolis, 4 de
março de 2011.
José Luiz Sobierajski -
Presidente
Neide Spricigo Walendowsky – 1a.
Vice-Presidente
Lecian Slowinski - 2o. Vice Presidente
*** Os poloneses que imigraram para o
Brasil e foram assentados nas terras catarinenses atenderam a uma
política do Governo Brasileiro de espalhá-los por diversos
lugares, muitas vezes nas proximidades de imigrantes de diversos países
europeus, principalmente alemães e italianos.
Com esta política o governo
Brasileiro evitava a criação de núcleos muitos populosos
de uma única etnia, tal como acontecia em Curitiba, onde a grande
concentração de poloneses despertava preocupações
nas autoridades.
Mas os imigrantes poloneses não
foram destinados diretamente para os municípios da Grande
Florianópolis, alguns poucos foram assentados na localidade de
Pinheiral, pertencente ao município de Tijucas, atualmente integrando o
município de Major Gercino.