Comunidade
Polonesa de Florianópolis
– ARTIGOS
Escreva para:
RODAKOWSKI em SANTA CATARINA?
É
isso mesmo!
Muito
antes da história dos RODAKOWSKIs no Paraná, descobrimos que
havia Rodakowski na Região de Florianópolis, lá nos anos
de 1860. A descoberta nos causou
estranheza, já que nunca tínhamos ouvido falar de outros
imigrantes além dos que conhecemos no Paraná.
O
mérito é de um pesquisador da UFSC, o Prof. Toni Vidal Jochem,
Doutor em História, que fez um levantamento das Colônias
de Imigrantes Alemães na Região da Grande Florianópolis,
especificamente nos atuais municípios de Águas Mornas, Santo
Amaro da Imperatriz e São Bonifácio.
Podemos
encontrar no seu livro ”A Formação
da Colônia Alemã de Teresópolis”, no anexo
Especificamente
sobre a Colônia Teresópolis, a história nos diz que foi
fundada em 03-jun-1860, com 91 imigrantes provenientes do Porto de
Antuérpia, que vieram a bordo do navio belga Meuse. Eram colonos
católicos e luteranos das regiões de Renânia e Westphalia.
Naquela
época o Presidente da Província de Santa Catarina, Francisco
Carlos de Araújo Brusque, foi incumbido de abrigar cerca de 40
famílias de imigrantes alemães no local escolhido próximo
à estrada de Lages, na confluência entre os Rios Cubatão e
Rio Cedro e seus afluentes: Rio Cedro, Rio São Miguel, Rio Novo, Rio
Salto, Rio Capivari e Rio das Antas.
A
sede da colônia foi implantada às margens do Rio Cubatão,
numa pequena várzea circundada por montanhas. Veja no final do artigo as
fotos (2010) mostrando a atual comunidade.
Para
administrar a colônia foi nomeado pelo presidente da província um
ex-oficial austríaco chamado THEODOR TODESCHINI, no mês de
julho/1860.
No
decorrer dos anos muitos imigrantes vieram de outras regiões, como Rio
de Janeiro e Minas Gerais, onde trabalhavam como escravos brancos nas fazendas
de café, transferência esta em decorrência das
críticas dos governos europeus.
Em
dezembro de
Apesar
das dificuldades, das terras encravadas nas montanhas e solo pouco fértil,
Theodor foi um bom administrador, lutando pelo bem estar da comunidade,
reivindicando melhorias nas estradas de acesso à Desterro, escolas para
os filhos dos agricultores, médico para atender a comunidade e a
manutenção dos subsídios do governo central
No
ano de 1869 Theodor Todeschini foi exonerado, o que muito desagradou aos
imigrantes. A população perdeu um grande arrimo. Em 11-jun-1869
oficialmente a Colônia Teresópolis foi emancipada, cessando todo o
apoio que tinha do governo.
Todos estes imigrantes eram
alemães. Mas então,
como havia um Rodakowski no meio deles?
Sim,
porque Theodor Todeschini era casado com
Wilhelmine Rodakowska (Guilhermina).
Também
moradores da localidade de Teresópolis, eles tiveram duas filhas de
nomes Josephina Maria Todeschini, nascida em 07-fev-1862 e Adolphina
Henriette Todeschini, nascida em 22-ago-1866.
Consta
dos apontamentos do Prof. Toni Vidal Jochem que os avós paternos das
pequenas eram Peter Paul Todeschini e Carolina Reichersdörfer e avós
maternos Jan Rodakowski e Maria
Ürmeny.
Possivelmente
Wilhelmine Rodakowski faleceu no parto de Adolphina, ou logo em seguida, pois
em 04-jul-1867 nasceu Alfred Eduard Todeschini, filho de Theodor
Todeschini com Agnes Ramschütz (ou Ram Schütz). Agnes era filha de
Julius Ramschütz e Herniette Hultz.
Constam
ainda dos arquivos, os seguintes apontamentos de batismo:
-
Theodor Hang, nascido em 12-jun-1862, onde foram padrinhos Theodor
(*) Todeschini e Wilhelmine Todeschini (Rodakowska)
-
Theodor Brüggemann, nascido em 10-maio-1865, sendo padrinhos Theodor
Todeschini e Anna Beerlage.
-
Theodor Schäpers, nascido em 28-ago-1865, sendo padrinhos Theodor
Todeschini e Anna Brickmann.
-
Agnes Schmitz, nascida em 17-maio-1867, sendo padrinhos Theodor
Todeschini e Agnes (*) Baumschütz.
*
Note-se (grifos) que os nomes coincidem, possivelmente pela afinidade que
tinham.
São
poucas as informações sobre Theodor Todeschini disponíveis
e muito menos sobre Wilhelmine
Rodakowska. Quando a Colônia Teresópolis foi criada (1860)
eles já moravam na região, mas não temos outras
informações sobre sua origem, quer no Brasil, quer na Europa.
Cita-se que Theodor era um ex-oficial austríaco, que certamente falava
alemão e dominava bem a língua portuguesa e que pode ter vindo em
migrações anteriores para o Rio de Janeiro ou Minas Gerais.
Os
pais de Theodor - Peter Paul
Todeschini e Carolina Reichersdörfer e os pais de Wilhelmine - Jan Rodakowski e Maria Ürmeny,
citados na bibliografia possivelmente eram europeus e nunca estiveram no
Brasil.
No
Estado de Santa Catarina não temos contatos com descendentes de
Todeschini e/ ou Rodakowski até o momento e possivelmente as pessoas com
sobrenome Todeschini, que moram próximas à Florianópolis,
podem ser descendentes de Theodor Todeschini e Wilhelmine Rodakowska.
Outros,
também Todeschini, podem ser descendentes de Alfred Eduard Todeschini,
filho de Theodor Todeschini e Agnes Ramshütz.
Se
você é um Todeschini, Rodakowski ou Ramschütz, entre em
contato conosco
Colônia Teresópolis -
Vista da região em julho/2010 – COMO CHEGAR
-
Estando em Florianópolis, pegue a BR-101, sentido sul, até a
cidade de Palhoça (aprox.
-
Depois à direita, siga pela BR-282, sentido Lages, até o km 42 -
entrada para São Bonifácio.
-
Já na SC-
Fonte:
Os
dados foram fornecidos pelo Prof. Toni Vidal Jochem e demais
citações constantes do livro “A
Formação da COLÔNIA ALEMÃ TERESÓPOLIS”,
de sua autoria. Adquira o
livro através do email tonijochem@gmail.com
ou pelo site www.jochem.cjb.net